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Escola Velas - S.Jorge, Açores

A conceção arquitetónica proposta procurou articular aparentes âmbitos opostos:

 

Primeiro criar uma leitura formal forte, passível de ser claramente identificável enquanto equipamento urbano da coletividade, e, simultaneamente, promover a integração numa envolvente de baixa densidade e cércea caracterizada pela fragmentação de pequenos volumes/ edifícios.

 

Segundo criar um conjunto único constituído por programa claramente dividido por núcleos edificados programáticos de funcionamento autónomo e alguns de entradas independentes mas a permanecer como um todo a e a garantir o percurso interior contínuo (a partilhar áreas comuns).

 

Terceiro que a leitura formal remetesse para uma dimensão histórica e simbólica de memória educativa mas simultaneamente respondesse aos novos paradigma educativo de criação de espaços atrativos, flexíveis e multifuncionais a promover um ensino de “aprendizagem ativa”.

Neste sentido, por um lado, remete-se para a leitura tipológica e formal de caracterização espacial hierárquica, reminiscente dos primeiros “liceus” planeados de raiz em Portugal, e simultaneamente para as leituras de espaços abertos, dinâmicos e interativos, de continuidades interna e externos, apreendidos da lição moderna.

 

Em termos formais combina-se, deste modo, o modelo de edifício único de configuração de pátio encerrado (filiado no modelo conventual dos antigos colégios) e muitas vezes de preenchimento perimetral do quarteirão para uma configuração em extensão que se procura estender à totalidade do perímetro do terreno, procurando definir vários pátios abertos, um por cada área/núcleo de ensino.

 

No restante perímetro do quarteirão os vários núcleos edificados estabelecem frentes edificadas de carácter urbano pela sua extensão aproximando a sua cércea ao tecido urbano existente e diluindo a sua escala.

 

Ao nível da integração urbanística procura-se também a resolução âmbitos opostos: adequar o caracter de representatividade “imponente” a que os equipamentos urbanos coletivos aspiram à integração num “lugar” de caracter doméstico e com um programa de clara funcionalidade e contacto térreo (1ºC e PE) e, è neste aparente conflito de oposto que surge a mais-valia diferenciadora.

The proposed architectural design sought to articulate apparent opposing spheres:

 

First, create a strong formal reading that can be clearly identifiable as an urban equipment of the collectivity, and simultaneously promote integration in a low density and boundary environment characterized by the fragmentation of small volumes / buildings.

 

In order to create a unique set consisting of a program clearly divided by autonomous programmed built-in nuclei and some independent entrances, but to remain as a whole and to guarantee the continuous interior journey (sharing common areas).

 

Third, formal reading refers to a historical and symbolic dimension of educational memory but simultaneously responds to the new educational paradigm of creating attractive, flexible and multi functional spaces to promote an "active learning" teaching.

In this sense, on the one hand, we refer to the typological and formal reading of hierarchical spatial characterization, reminiscent of the first planned "lyceums" of root in Portugal, and simultaneously to the readings of open, dynamic and interactive spaces, internal and learned from the modern lesson.

 

In formal terms, this is combined with the unique building model of enclosed courtyard configuration (affiliated with the conventual model of the old colleges) and often of perimeter filling of the block for a configuration in extension that is sought to extend to the entire perimeter of the land, trying to define several open courtyards, one for each teaching area / nucleus.

 

In the remaining perimeter of the block, the several built nuclei establish built fronts of urban character by its extension, approaching its belt to the existing urban fabric and diluting its scale.

 

At the level of urban integration, we also seek to resolve opposing areas: to adapt the "imposing" representative character to which collective urban facilities aspire to integration into a "place" of a domestic character and with a program of clear functionality and ground contact (1ºC and PE), and it is in this apparent conflict of opposites that the differentiating surplus value arises.

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